segunda-feira, julho 30, 2012

A melhor idade da Mafalda

Ganhei da Aninha, há duas semanas, meu presente de aniversário de 2011! Nós nos vimos sim depois do meu aniversário, mas não interessa, interessa que eu ganhei e amei!
Uma agenda-calendário da Mafalda. Cada dia tem uma tirinha da Mafalda, delícia!

O Máximo. Bom, eu sou fã da Madalda, eu será que o certo seria dizre fã do Quino?

E aí comecei a ler. Um dia li um pouquinho, outro dia mais um poquinho. Não dá pra ler Mafalda como se lê outras HQ, você se obriga a pensar um pouco a respeito do que está lendo.

Então li a que bateu. Não vou colocar a tirinha aqui (os mais curiosos que fucem pra ver se acham ou me pede um por favor!), mas bateu quando disse que a melhor idade da vida é estar vivo.
É isso!

Algumas pessoas sentem essa alegria quando tem quem amam ao lado, essa alegria dura, ou pode durar, aaaaaaanos. Dá um aperto grande no coração ver quem fica, mas ao mesmo tempo é tão bom ver que um amor assim existe, que a gente ama e sofre junto e se pudesse tentava ocupar um pouco do amor para parar de doer.
E para não te fazer sofrer não me permito morrer antes para te polpar da dor - foi algo assim que eu li outro dia, não achei mais o autor nem onde, mas foi uma das provas que pensei serem das mais verdadeiras. Quantos casais, dos "antigos", eu tenho visto que tem acontecido isso. Ou sofrem profundamente e em silêncio ou se vão de pouquinho.

Mas vamos voltar ao foco...
O que a maioria das pessoas não percebe é que a alegria é fazer as coisinhas pequenininhas de todo dia.
Uma vez eu achava que ser feliz seria passar num concurso público numa boa universidade, ser uma pesquisadora renomada, morar no litoral (calor, mar, vida saudável e boa comida), ter uma vida cultural ativa, casa própria e carro off-road. Sonhei bem, né?

Descobri que a vida faz a própria trilha.
Não moro no litoral, mas tenho o calor! Mar é quando dá, mas a boa comida eu posso (tentar) fazer em qualquer lugar!
Vida cultural ativa eu achava que era poder frequentar teatro e cinema, ter livros a minha disposição e jornais de diferentes locais. Na cidade em que moro não funciona bem assim. Mas isso hoje em dia não é barreira. A internet está aí. Livros o correio ou as viagens trazem. Fico com vontade de algumas coisas, mas acontece. Dá mais gosto quando faço.
Casa própria e carro off-road? Quem sabe um dia eu chego lá?!
A vida foi peneirando os amigos, definindo os amores, escolhendo as vontades,apresentando a verdadeira família, mostrando as outras possibilidades e assim estar feliz ficou mais fácil.

sábado, julho 28, 2012

As coisas que eu aprendi com meus pais

Quando eu era pequena muitas vezes meus pais colocavam os quatro filhos no carro e íamos para São Chico ou para a casa de algum tio em alguma praia ou chácara.
Não havia a pergunta "vocês querem ir?". 1. Não interessava! 2. A resposta seria sim!

Nós não fazíamos o gênero família cantante, mas eu lembro que enquanto meu pai dirigia minha mãe sempre tentava nos entreter com algo. Primeiro rezávamos, assim que saíamos de casa. Aí ela dava um tempo "livre" pra gente e quando a coisa começa a esquentar ela pedia silêncio para contar um pedaço da história que ela estava lendo!

Ela sempre estava lendo algo. Lembro que muitas vezes era a revista Seleções, que ela ainda ama ler. Com frequência ela contava um pedaço de um livro, dos dois ou três que lia ao mesmo tempo. As vezes eu ficava louca da vida, porque ela estava contando a história e eu queria ler e ela já estava dizendo o que iria acontecer!
Realmente acho que isso fez crescer o meu gosto por ler. Meu e de minhas irmãs. Meu irmão não é muito chegado a um livro não, mas nós "meninas" ainda lemos Seleções e trocamos livros lidos e recomendáveis, claro que minha mãe faz parte do círculo!
Muitas vezes no caminho, ela tinha palavras cruzadas e fazia, passava para um de nós fazer também. Mais um hábito herdado.

A outra coisa que eu aprendi com meus pais é amar viajar. De certa forma isso faz parte do gosto da leitura, não?! Cada vez que minha mãe falava de um lugar eu ficava imaginando como seria e me prometendo que um dia iria conhecer. Quando íamos a um lugar novo ela pesquisava antes (sem internet na época!) para ir nos contando um pouco do lugar, ou será que ela simplesmente sabia?!! E eu a via também fazendo um "diário de viagem", contando por cada cidade que passava, o que via, o que fazia. Meu pai volta e meia contava de alguém da família que tinha passado por ali e tinha algum feito! Eu tento lembrar das histórias, gostaria de guardá-las e poder repassar para os próximos que chegaram e que estão por vir.

Está longe de ser tudo o que eu aprendi, mas essas são as que hoje estão mais vivas na minha memória.

Ler, fazer palavras cruzadas (!), viajar e registrar os novos lugares que conheço.
Se eu tiver filhos, que eles resolvam gostar de pelo menos uma dessas coisas.
Que eu consiga dar a eles a oportunidade de viajar como meu pai nos deu. E que eu seja tão boa quanto minha mãe para ensinar como aprender a gostar.