quarta-feira, janeiro 25, 2012

No meio de tudo, de quase tudo, quando se pensa que não existe a possibilidade de parar, a gente para. Quase cai. E bem naquele momento, sentados ainda, vemos o mundo girando, algumas coisas se afastando outras se aproximando, outras exatamente como estavam, mesmo que não pareça.

domingo, janeiro 22, 2012

Se o frio é bom? Bruuuuuu

Bruuuuuu mesmo.


Nem Palotina escapou dessa.

Mas o que aquece mesmo é o calor humano, não o mundano. não confunda! Esse aquece, mas logo esfria. Tão logo muitas vezes nem se sente saudade.

Calor que a gente lembra e gosta é aquele que aquece a alma, o sorriso.

Calor de casa de mãe, calor de irmão, calor de amigo do peito.

Taí! Falar de amigo do peito. Quantos amigos do peito temos na vida? Amizade tem prazo de validade? Já me disseram isso uma vez, não gostei. Tem mesmo? Que agência determina isso? Vêm no rótulo? Amizade tem rótulo, de amigo irmão, de amigo do peito, de amigo de balada...?


Mas tem amizades pra vida toda sim, eu sei que tem (parece que tô repetindo para acreditar!). As vezes parece que abala, mas só balança para ter o que falar depois, pra poder dizer "eu sempre tive razão, não adianta" ou " -'tá certo, tá certo. eu errei.' -'imagina! a culpa foi minha'!", "Até parece! A culpa fio tua".!


Saudades de muitos amigos, dos que ficaram, do que foram, dos que sumiram e dos que ainda não voltaram. Saudades dos amigos do peito. E mesmo dos que foram amigos só por um dia ou dois.

E dos que decepcionaram. Se é que decepção não é culpa nossa... Mas desses também eu sinto saudade, porque foram meus amigos, ou quem sabe ainda o sejam e eu é que não sei....

horário ou anti horário, qual o certo mesmo ?

Disciplinar-se pode ser algo extremamente difícil.
Claro que não o é para os perfeccionistas ou todos aqueles que não tenham pelo menos um parafuso apenas parcialmente colocados.
Eu não faço parte da lista acima ou com qualquer outra característica que eu ainda não saiba e que facilita a tal disciplinização.
Minha maior dificuldade nem é a vontade de fazer, é, as vezes, travar por achar que o mundo tá girando do lado contrário! Ai

De uma sexta feira de aula...até as 22:40 (ou algo mais que isso!!)

Reparei que chego feliz na sexta feira em casa, depois de ter aula até quase as 23h.
Pensei a respeito e não é porque depois vem o sábado.
Eu gosto mesmo da sala de aula.
As discussões, a troca de idéias... Minha felicidade é quando, olhando para cada um sentando na minha frente, eu vejo interesse e não um ponto de interrogação!!!
Quando os questionamentos mostram reflexões, quando as dúvidas aparecem e conversamos sobre cada uma delas, quando eu tenho a chance de me sentir mais próxima - de algum jeito - de cada um deles porque naquela hora estamos na mesma sintonia.
Quando estou voltando p/ casa, venho mirabolando planos....mas que eu sei, que pelo menos por enquanto, eu não vou conseguir colocar em prática.
Eu ia começar dizendo que “algumas pessoas simplesmente sabem viver”, mas seria um erro tão grande isso.
Não porque algumas pessoas não saibam mesmo viver, mas porque eu estava pensando num tipo específico de vida com viagens, e aventuras, e visões paradisíacas. Bom, isso é o máximo (?, !), mas não para todas as pessoas que eu conheço. Eu ainda admiro muitíssimo os que eu conheço que são felizes sem ter ser saído do seu jardim.
Por perto dos meus 14, 15 anos eu tinha uma colega que sonhava em casar e ter filhos. Ela agüentava as coisas mais absurdas do namorado e uma vez me disse (sim, com todas as letras) que preferia que ele fizesse “certas coisas” (foi isso que ela disse!) com as outras que com ela. Hahaha! Isso ainda me corroi! Consegue imaginar alguém querer ser “Amélia” por vontade própria desde sempre? Bom, mas não era esse o tema...  Acontece que hoje ela é super festeira, com várias fotos na memória e amigos em lugares diferentes.
E tinha outra, que eu vi fazer as coisas mais malucas, com as roupas e cabelos mais no estilo “Betty Rizzo de Nos tempos da brilhantina” - após revolução (!) - que eu já vi... as saias de couro e as meias pretas arrastão e o cigarro na boca, que gritava por liberdade de expressão, quase num estilo rebelde sem causa...essa casou e hoje é a mãe de duas crianças lindas e de uma família que vem se formando com um carinho muito aconchegante.
Nenhum dos dois estilos dos sonhos de adolescente me encantavam na verdade (embora minha mãe diga que eu sempre respondia que queria ser mãe de muitos filhos quando me perguntavam o que eu seria quando crescer!).
Acho que eu nunca consegui decidir exatamente o que eu queria, nunca fui extremamente fiel a um estilo não... Eu já usei camiseta do Bob Marley, aprendi a escutar The Doors e achei o máximo Biquini Cavadão ...  nunca vesti botina e pulseiras de couro com pinos prateados, mas já sai com boina colorida e com as cores rastafari!
Já pensei em ser piloto de avião, química (até parece!), médica, arquiteta, mas nunca deixei de sonhar em aprender a cozinhar com grandes Chefs. Resolvi ser bióloga, invisto tempo e dinheiro nisso e, como diria um cara que eu conheci, “uma gota de sangue todos os dias”! Mas nunca passou pela minha cabeça abraçar uma árvore que estava pra ser cortada ou um navio que se aproximava de um atol... Um aluno uma vez me perguntou porque eu não era membro do Green Peace e a resposta é muito honesta, realmente acho que posso fazer algo, mas de forma diferente. Cada um com seu papel! Deixei de acreditar que vou conseguir fazer o que eu imaginava quando me formei, mas eu ainda tento...alguma coisa...
Disso tudo, o que mudou e o que não mudou, para quem quer que seja, não faz diferença. Não faz para mim. Quando nos dizem “bem vindo ao mundo adulto” a gente percebe que não faz mal nenhum em mudar nossas escolhas e torce para continuar mudando.
Fico contente em pensar que posso ajudar a formar novas idéias, em algumas cabeças que seja, que a vida está caminhando e que eu tenha feito escolhas ótimas e outras que dá vontade de me esconder de vergonha e ou raiva e que, graças a Deus, o carro dos meus sonhos não é mais um Kadett branco pérola conversível!!!!