sexta-feira, outubro 22, 2010

Em epóca de eleição

Em epóca de eleição... e todos os turnos que o seguem (porque nós estamos vendo e revendo toda essa hipocrisia já faz muuuito tempo) ... poucas vezes vezes fiquei tão de saco cheio de ler notícias como essas que nos metralham a toda hora.
Tenho recebido pelo menos 5 emails por dia (tenho contado, e as vezes passa de 10 facinho!), ora atacando Serra, ora atacando Dilma.... isso porque Marina e Plínio já saíram do páreo (entraram??)

Quem é o melhor ou o menos pior? Não sei, mas tive certeza que não é lendo toooodos esses emails que descobrirei.

Agora, sabe o que eu fico mais enfurecida? Eu me dou ao trabalho (não todos, mas uma amostragem das notícias que parecem mais picantes ou fabulosas) de buscar a veracidade. E quer saber o que me deprime? Não importa para que lado, mas sempre encontro notícias que de o tal fato não tem veracidade.

E aí?

Aí eu eu fiquei lendo e procurando coisas, nas horas que perco o sono (e assim cada vez é mais difícil encontrá-lo) e não chego a conclusões...

Serra tirou a autonomia das universidades de SP, cortando a verba em milhões?
Dilma nasceu (e portanto pode sim governar) no Brasil?

(Dois exemplos que acabo de ler, fora as mensagens, conversar, "musiquinhas" e propagandas [sim, quando posso eu vejo o horário político eleitoral] ao seguidores de Marina - mandada por seguidores de Dilma E de Serra; as cartas de médicos, empresários, operários, professores e acadêmicos para os dois candidatos; tooodas as piadas, tirinhas, charges e afins; os trechos de discursos; os versos rimados dizendo que quem é de bem vota nesse ou naquele, as afirmações (inflamadas) de que burros, asnos, ou de bem, de carater quem votou nesse ou naquele).

Eu busquei esses fatos.... a que conclusão eu cheguei?

A mentira pode ter perna curta, mas usa um salto alto!! .... mesmo que viva descendo das "tamancas e rodando a baiana" (com meu sincero respeito às baianas!!)


...E a gente aqui, ralando para fazer campanhas, sem nem saber ao certo quão certo nós estamos.

quarta-feira, setembro 01, 2010

Era o que precisava

Mais do que tirar um mês de férias, o que eu precisava era falar com a pessoa certa e ir pro lugar certo. Feito.


É revigorante ver determinadas paisagens, sentar em determinadas poltronas e ter todos os meus sobrinhos por perto, claro que isso significa ver o resto da família também!!

Vi que várias coisas mudaram. Senti que ter perdas as vezes pode ser quase gratificante. Percebi que é verdade, nem tudo o que reluz é ouro, e que muitas vezes a gente precisa polir muito para achar o brilho, ai sim fica lindo aquilo que não imaginávamos, que estava velho e escondido na gaveta.

Sinto muito as várias perdas, mas se o tempo não as recuperar é porque não valeria a pena, ou talvez por incompetência de alguma das partes, sim! Mas ainda assim, não se pode jogar tudo o que aprendemos, não se deve jogar fora o que vivemos, não é? Com certeza vivemos e aprendemos. E só há crescimento se de tudo isso captamos algo que tenha nos feito entender algun funcionamento, evitar algum dano maior (no futuro??) ou aproveitar mais qualquer coisa que passemos, que, se foi bem aprendido, nunca saberemos realmente.


Não, você nunca está tão certo quanto imagina, nem tão errado quanto os outros pensam. Isso é uma questão de equilíbrio, que se consquista, em especial quando se dá menos atenção para o que os outros dizem e mais para tuas próprias experiências.


No mais? Com um pé na frente do outro, entendo que uns tem pés maiores, outros menores.... portanto, uns chegam mais rápido, outros demoram mais. Mas não quer dizer que você não saiba andar ou ande muito lentamente. Isso faz parte de cada um... do tamanho do seu pé.

domingo, agosto 15, 2010

Perdi minha mãe no Paraguaia!

Dia longo! Como é bom ter pai e mão vindo aqui... mesmo com a casa toda zoneada ainda pós mudança, dormindo na cama de solteiro com tudo espalhado pelos cantos do quarto de visitas e mais umas coisinhas.

Fomos ver los hermanos e o que eles nos ofereciam. Final do dia some a mãe! Pois é, perdi a mãe no Paraguai! Todo mundo alerta - não, o celular definitivamente não funciona! - cada um num canto. No final a encontramos bela e faceira comprando pão-duro e mais umas coisinhas. Entre ficar brava e tranqüila, dei risada... algo assim sempre acontece, pelo menos na minha família!
Boa volta, carinho e sono.

Final do dia. Galinhada e caldinho de mãe. Nham, nham, nham!
Bom, bem bom!

Mas o dia na tá de todo bom. Tem um pedaço faltando, que quebrou e eu não acho cola que repare. E eu não sei se segurar todos os caquinhos pode resolver. Fico triste, me desanimo. Não sei o que fazer.

terça-feira, agosto 03, 2010



Ontem eu estava lendo um blog (http://www.panelaterapia.com/), que como o nome bem diz, tem como tema cozinha.



No meio de receitas bem tiradas e fotos deliciosas havia uma postagem sobre panelas. Numa foto de uma estante com lindas e coloridas panelas, acima dizia "Uni, duni, tê. Salamê, minguê. O sorvete é colorê, a escolhida foi..." e abaixo do "Você" uma linda panela azul, com a cor dos olhos mais lindos que eu ja vi.



E eu fiquei pensando... será que achei a minha panela ( ou a tampa azul dela)??





No mais, aproveitem o blog, receitas de dar água na boca!

Qual a tua sede de viver?

Eu tenho muita. Por quê?

Quando entrei na doce aborrecência minha mãe me provou que não é não e ponto. Pelo menos pra ela. Se ela tava certa ou errada? Os dois, talvez ou provavelmente!

Depois veio a faculdade e no meio, no auge disso tudo... eu não! blábláblá...

Mestrado. Bora! Mais ou menos. Mais pra menos ou menos pra mais? Enfim, nem tanto. Vários motivos do mundo. Se você se alista no exército você segue as regras do exército. Se você escolhe a marinha algumas regras mudam. Se você não escolhe, escolhem por você.

Independência. Escolhi! Um ano? Bom ano.... junto a tal responsabilidade, pois é, já haviam inventado isso também. Novas escolhas.

Agora não é a fase das escolhas, é a fase da colheita.

E eu estou cheia de vontade de continuar provando coisas que matem minha sede, que, sim, é muita. E eu me orgulho disso. Meu pai diz "Quem para de sonhar para de construir, quem para de construir para de viver".
...Eu quero sempre ter sede de viver e nunca matá-la. Aliviá-la sim, de golinhos, com sabores as vezes doce, as vezes amargo, com ou gás ou sem, de tequila ou água mineral....

Mas sempre com o copo meio cheio, nunca meio vazio.

domingo, julho 04, 2010

Casa No Campo - Zé Rodrix e Tavito

"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais"

sexta-feira, junho 25, 2010

A Cultura do terro/7 (Eduardo Gaelano)

O colonialismo visível te mutila sem disfarce: te proíbe de dizer, te proíbe de fazer, te proíbe de ser.
O colonialismo invisível, por sua vez, te convence de que a servidão é un destino, e a impotência, a tua natureza: te convence de que não se pode dizer, não se pode fazer, não se pode ser.

Palavras do Galeano.

domingo, junho 06, 2010

Adoro comida!

Saborear cada pedacinho da comida. E eu adoro fazer isso, rodeada daqueles que me fazem bem, claro, se não fica entalado!

Um gosto ou outro depende de cada momento. Às vezes tem que ser um pedaço de pizza, às vezes só resolve o feijão com arroz, às vezes uma boa carne e um vinho - com traquilidade - são os ideiais. Coca-cola, suco de laranja... - acompanhamento pra sabor e momento de pressa, saúde, prazer.

Mas sabe o que eu gosto mais? De preparar. De testar o tempero novo, de usar aquele que eu sei que dá um gostinho bom. Melhor ainda, cozinhar com quem eu gosto, curtir esse tempo, depois servir a mesa.

Pegar uma receita nova, que alguém que disse que fica bom. Ou aquela que eu não conheço ninguém que tenho feito. Adoro testar.

Um elogio é sempre bom. Mas quando nos dizem que faltou uma pitadinha disso ou daquilo, a gente tem que saber guardar, pra melhorar da próxima vez. E as vezes duvidam que foi a gente que fez, mas a melhor prova é que podemos repetir quando quisermos, porque fomos nós que fizemos. Às vezes a segunda não dá tão certo, às vezes fica muito melhor!

O melhor é compartilhar.

Fiquei na dúvida, tô falando de viver o todo dia ... mas eu estava falando de comida, não é?!

sábado, maio 08, 2010

Tão difícil que é?!

Uma vez fui a uma formatura de uma turma de 8ª série, de uma turminha com quem tinha tido muitos problemas, mas que ao longo dos dois anos que passamos juntos aprendemos a nos respeitar e gostar muito. Na formatura eu me lembrei de cada uma das "brigas" que tivemos, mas passou logo. E eu comecei a lembrar das nossas risadas, das brincadeiras, dos segredos que trocamos, da festa surpresa que ganhei de aniversário no meio do ônibus (duvido que mais alguém tenha tido uma dessa, com direito a bolo, velinhas e tirinhas de papéis coloridos no ar!), lembrei das conversas e das trocas de experiência, lembrei das coisas que EU aprendi. Hoje as experiências são outras, as histórias são outras. Mas aquilo que parecia uma dor insuperável quando eu sentia, que achava que nunca daria conta, agora deixou um gosto tão gostoso de que eu fiz quase direito (!) e uma saudade tão grande. Deixou grandes certezas e grandes saudades. Naquele dia a Soninha leu um texto, do Eduardo Galeano, que eu não conhecia e que gostei de mais, deixo aqui para pensar. E acredite, cada vez que for ler entenderá uma coisa diferente. A função da arte/1 "Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: — Me ajuda a olhar!"